quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Em Você Encontro O Amor (Narrativa de Amor Capítulo 01)


Existem momentos que buscando em alguém: 
um amor feito de abrigo, que nos ampara de nossos dias
 tristes ou confusos e celebre com você os dias de felicidade.
Queremos uma companhia agradável 
e que seja assim: o mais duradoura possível.

Um alguém que transmita confiança e da qual podemos compartilhar a nossa caminhada: sem medo de nós perder ou de nós encontrarmos em meio a solidão.

E juntos sentirmos as emoções mais belas, únicas e intensas: despertando-nos a alegria do viver.
Não queremos muito, só alguém que nos respeite e sinta-se bem ao nosso lado e queira nos fazer feliz.

Aspiramos, amar e ser amada 
e de um jeito lídimo, dando-nos motivos 
para nunca querer desistir deste amor.
Almejamos nos tornar o mesmo a esse alguém,de uma forma linda 
e abrangida de reciprocidade, porque o importante, 
é saber que temos um ao outro.

Mesmo compreendendo, que, 
viver tudo isso, não se encontra na vasta
 perfeição, porque o amor, é: uma conquista diária, 
entre duas pessoas imperfeitas que se amam.


Em Você Encontro O Amor

É, uma bela história e uma narrativa de amor, baseada em realidades da vida.
Uma história que tenta passar ao ouvinte que o amor pode ser mais forte, que qualquer desafio, preconceitos ou dificuldades que venhamos vivenciar.

Te convido a descobrir que o amor não faz distinção, e que para ele somos todos iguais.

Capítulo 01
Toda Vida Tem Uma História,  



Em uma cidade do interior, morava maria.
Filha de Joana e Antônio.
Uma menina que não conseguia se adaptar a vida que seus pais queriam que ela vivesse.
Eram pais que se preocupavam com o futuro dos seus filhos, no entanto, Maria, se sentia em um cativeiro.
Privada de ter amigos, de escolher até mesmo o que queria vestir, comer de tudo que não fosse do gosto deles.
Quando Maria completou dezesseis anos de idade, sua tia da cidade grande veio visitá-la, uma mulher elegante, moderna e alegre.
Maria se encantou com a presença dela em sua casa, irmã mais nova de sua mãe e que aos 18 anos foi morar na capital, devido a um término de um noivado.
Joana ficou feliz com a visita, mas ao dizer que queria levar Maria para passar as férias na casa dela, ela se mostrou irritada e chegou a alterar a voz dizendo que, Maria só sairia de casa, quando estivesse casada.
Maria ficou triste e desolada, o que ela mais queria era sair daquela cidade e conhecer o mundo, estudar, trabalhar e ter sua própria vida
O convite de sua tia, era a oportunidade para escrever seu próprio destino e realizar seus sonhos
Nisso e como se nada mais importasse, Maria disse: Mas eu quero ir,  não aguento mais essa vida!
Sua mãe viu aquilo como uma afronta e seu pai a mandou calar a boca, mas Maria não se calou, porém de forma meiga e quase implorando, pede ao pai que a deixe ir  com a sua tia passar as férias.
Seu pai, fica ainda mais furioso, e como resposta :tira o cinto do cós de suas calças, e sem nem pensar dá quatro cintadas na filha, a mãe de Maria, começou a lamentar e chamando de filha ingrata,
Elsa, a irmã de Joana tenta acalmar os ânimos de todos, enquanto isso, Maria sai correndo e some, fugida de casa.

Sentindo-se só, revoltada com tudo e com todos,
sem saber para onde ir, com seu rosto lavado de lágrimas,
dentro dela uma vontade de deixar de existir,
e ao mesmo tempo se sentindo culpada
por todo aquele acontecido.
Maria segue caminhando....

Já era noite quando a encontram e sua mãe a abraça e a conduz para casa. meio que relutante e ao mesmo tempo assustada: Maria cede aos apelos de sua mãe, mesmo sentindo que nada vai mudar, que seu pai vai castigá-la e que a sua vida se resume ao que seus pais acham, que ela deve viver.


Mas, o que uma mãe, não faz por seus filhos?


Joana se casou cedo com António aos 17 anos, mãe de dois filhos, muito dedicada a família, acostumada com a dureza da vida, Joana é uma mulher simples, que desde criança trabalhou na roça, seu sonho era ser professora, porém no seu primeiro dia na escola, tirou dela toda vontade de estudar: algumas crianças riram e fizeram brincadeiras nada agradáveis com ela, devido as suas roupas feitas de retalhos e seu cabelo armado e bem crespo e ela, ao colocar seu dedo polegar na boca, por estar com vergonha, as brincadeiras se tornaram ainda mais zombeteiras, o que a fez chorar e nunca mais querer voltar a escola, seus pais muitos severos e que também  achavam que mulher foi feita para cuidar da casa e se casar, contribuíram para que a sua vida tomasse o rumo que seus pais queriam.  
Seu filho Fernando com muita paciência a ensinou a ler e escrever, Joana é uma mulher submissa ao marido e a religião, uma guerreira que não mede esforços para dar o melhor aos seus filhos.
Antônio pai de maria, um homem austero, religioso, trabalhador, de poucas palavras, um bom pai, apesar de rude e a única pessoa capaz de fazer com que, ele transparece o seu lado mais carinhoso e amigável, é sua esposa, Joana.
Um homem que ama a família, do jeito dele, da maneira que foi ensinado a amar.

Devido seus pais serem extremamente protetores, Maria se sentia sufocada, destinada a uma vida de submissão, em uma cidade pequena e sem expectativa
de realizar seus sonhos, como: ir a faculdade, viajar pelo mundo, conhecer novas pessoas e aprender coisas novas....
Seu irmão Fernando compartilhava das mesmas ideias de seus pais e sempre que, Maria falava o que ela queria para a sua vida, Fernando dizia, que ela era mulher e que o lugar dela era em casa, logo e por conta disso, eles começam a discutir e seu
Antônio dava razão a Fernando.
Dona Joana, não dizia que Maria estava certa ou errada e nem que ela deveria correr atrás de seus sonhos, geralmente nestes momentos de inquietação da filha, ela olhava nos olhos de Maria e com um olhar de mãe amorosa dizia a filha:

O mundo lá fora, é para os fortes filha, 
você terá que se esforçar muito e aguentar muitas coisas, 
para realizar seja lá. qualquer sonho
 e para muitas pessoas o retorno para casa,
 é a única opção que lhes sobram.

Maria nunca disse nada para mãe, 
mas todas as vezes, que Joana falava 
assim com ela, maria sentia que ela era forte
 o suficiente para desbravar 
todo este vasto horizonte.



Mas, naquela noite, Joana, ao ser chamada a atenção por sua irmã, em uma conversa sobre Maria e ao lembrá-la, que ela tinha sonhos e não foi realizado porque nossos pais não deixaram.Joana, se depara com promessas feitas por ela mesmo, que: com seus filhos seria diferente.

Com calma e mesmo não sabendo se estava agindo certo, porém dando a chance de Maria, de provar que sim, convence o seu esposo Antônio a deixar que Maria vá passar as férias na casa de sua irmã Elsa.
Fernando, ao ver o quanto isso era importante para Maria, ajuda sua mãe a convencer seu pai.
Seu Antônio mesmo que relutante, acaba cedendo aos apelos da esposa e concorda com a viagem de Maria.

Passa-se mais uns dias, é chegada o dia da viagem, seu Antônio chama Maria para conversar, Maria nota que seu pai estava diferente,
o semblante dele parecia cansado, porém cheio de ternura, naquele momento, houve uma quebra de barreiras entre os dois.
Seu Pai pede para ela tomar cuidado,não se envolver com nada da cidade grande, e que não deixe de ir na igreja.
Maria fica escutando atentamente e em um momento diz

--Pai, só vou passar as férias na casa da tia.

Ele olha bem nos olhos dela e fala;
--Tenho certeza que você vai voltar filha, mas te conheço e sei que, ao abrir a porta, você irá voar e só pousará quando realizar os teus sonhos e estarei aqui, te esperando para recebê-la de braços abertos.

Joana escuta tudo, vê que a filha está admirada com seu pai, e seus pensamentos são leves e feitos de contentamento:

 Hoje minha filha conheceu o lado mais bonito de seu pai.

Ela, se aproxima deles e os três se abraçam e ficam ali, conversando mais um pouco, dando conselhos, para que a filha não se desvie,dos bons caminhos nessa nova jornada...

A porta se abre e
os raios do sol, ofuscam a visão. 
A coragem revela caminhos
e os horizontes dos sonhos 
tomam formas e cores.
Mas nunca se esqueça:
De suas raízes e temos que estar atentos aos tropeços
 e preparados para as mudanças.

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